O município foi contemplado com o Programa Água Doce do Governo Federal. Além de Cansanção, vários outros municípios Bahia serão beneficiadas com a instalação de 385 sistemas de dessalinização de água nas áreas mais secas do estado. Nesta quarta-feira (4), a equipe do Programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente, começou a capacitar técnicos da empresa que realizará o diagnóstico das comunidades, funcionários do governo estadual e das prefeituras dos municípios que estão em situação mais crítica. O prefeito de Cansanção Ranulfo Gomes esteve hoje com os técnicos do programa.
As equipes capacitadas nos dois dias de curso farão o diagnóstico de 1.155 comunidades de águas rurais do semiárido baiano, região que sofre com a falta de água potável. Os dados desse estudo comporão um banco de dados que servirá não só para o Ministério do Meio Ambiente, mas também para os demais parceiros que atuam no enfrentamento da seca na região.
O convênio do Programa Água para o estado da Bahia prevê um investimento de R$ 62 milhões para o diagnóstico das comunidades, instalação e recuperação dos sistemas de dessalinização e manutenção preventiva dos equipamentos. O diagnóstico é a primeira etapa.
A partir desse estudo serão conhecidas as condições socioambientais e informações referentes aos sistemas de abastecimento de água das comunidades rurais da região, com posterior indicação de alternativas de abastecimento mais adequadas àquela comunidade.
“Esperamos que até o primeiro semestre de 2014 cerca de 154 mil pessoas das comunidades rurais da região sejam beneficiadas tendo acesso a água potável desses sistemas”, declarou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão.
Comunidades com menor IDH terão prioridade de atendimento
Em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e a sociedade civil, o programa tem por objetivo estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, com a instalação desses sistemas de dessalinização nas comunidades mais carentes da região.
Aqueles com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil, baixos índices pluviométricos e com dificuldades de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados pelos planos. Assim como o Índice de Condição de Acesso à Água do Semiárido (ICAA), desenvolvido a partir do cruzamento dos indicadores citados acima.
Entre os principais parceiros destacam-se Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobrás, Fundação Banco do Brasil, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Campina Grande, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). Os recursos estão disponíveis desde o ano passado.